Translate

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Reino da Oxum



     Bom dia à todos os irmãos (as) de Religiões de Matrizes Africanas, aos irmãos (as) do Kardecismo, enfim a todos os simpatizantes de nossa amada Religião! 
      Para lembrarmos de Nossa Mãe Oxum, pois ontem foi o seu dia, dia 08 de dez em nosso Calendário Umbandista. Rainha das cachoeiras onde cumpre seu reinado, nos dando Proteção através de suas águas doces e cristalinas. Segue abaixo seus encantos em virtude do amor. 



    Filha de Oxalá, Oxum sempre foi uma moça muito curiosa, bisbilhoteira, interessada em aprender de tudo. Como sempre fora mimosa e manhosa, além de muito mimada, conseguia tudo do pai, o deus da brancura. Sempre que Oxalá queria saber de algo, consultava Ifá. O Senhor da adivinhação, para que ele visse o destino a ser seguido. Ifá, por sua vez, sempre dizia à Oxalá:
– Pergunte a Exu, pois ele tem o poder de ver os búzios!
E este acontecimento se repetia a cada vez que Oxalá precisava saber de algo. Isto intrigou Oxum, que pediu ao pai para aprender a ver o destino. E Oxalá disse à filha:
– Oxum, tal poder pertence a Ifá, que proporcionou a Exu o conhecimento de ler e interpretar os búzios. Isto não pode lhe dar!
Curiosa Oxum procurou, então, uma saída. Sabia que o segredo dos búzios estava com Exu e procurou-o para lhe ensinasse.
– Ensina-me, Exu! Eu também quero saber como se vê o destino.
Ao que Exu respondeu:
Não, não! O segredo é meu, e me foi dado por Ifá. Isso eu não ensino!
Exu estava intransigente. Oxum sabia disso e sabia que não conseguiria não conseguiria nada com ele. Partiu, então, para a floresta, onde viviam as feiticeiras Yámi Oxorongá. Cuidadosa, foi se aproximando pouco a pouco do âmago da floresta. Afinal, sua curiosidade e a decisão de desbancar Exu eram mais fortes que o medo que sentia.
Em dado momento deparou-se com as Yámi, empoleiradas nas árvores. Entre risos e gritos alucinantes, perguntaram À jovem Oxum:
– O que você quer aqui mocinha?
– Gostaria de aprender a magia! Disse Oxum, em tom amedrontado.
– E por que quer aprender a magia?
– Quero enganar Exu e descobrir o segredo dos búzios!
As Yámi, há muito querendo “pegar Exu pelo pé”, resolveram investir na jovem Oxum, ensinando-lhe todo o tipo de magia, mas advertiram que, sempre que Oxum usasse o feitiço, teria que fazer-lhes uma oferenda. Oxum concordou e partiu.
Em seu reino, Oxalá já se preocupava com a demora da filha que, ao chegar, foi diretamente ao encontro de Exu. Ao encontrar-se com este, Oxum insistiu:
– Ensina-me a ver os búzios, Exu?
– Não e não! Foi sua resposta.
Oxum, então, com a mão cheia de um pó brilhante, mandou que Exu olhasse e adivinhasse o que tinha escondido entre os dedos. Exu chegou perto e fixou o olhar. Oxum, num movimento rápido, abriu a mão e soprou o pó no rosto de Exu, deixando-o temporariamente cego.
– Ai! Ai! Não enxergo nada, onde estão meus búzios? Gritava Exu.
Oxum, fingindo preocupação e interesse em ajudar, perguntou a Exu:
– Eu os procuro, quantos búzios, formam o jogo?
– Ai! Ai! São 16 búzios. Procure-os para mim, procure-os!
– Tem certeza de que são 16, Exu? E por que seriam 16?
– Ora, ora, porque 16 são os Odus e cada um deles fala 16 vezes, num total de 256.
– Ah! Sei. Olha, Exu, achei um, ele é grande!
– É Okanran! Ai! Ai! Não enxergo nada!
– Olha, achei outro, é menorzinho.
– É Eji-okô, me dê, me dê!
– Ih! Exu,. Achei um compridinho!
– E Etá-Ogundá, passa para cá….
E assim foi , até chegar ao ultimo Odu, Inteligente, oxum guardou o segredo do jogo e voltou ao seu reino. Atrás de si, deixou Exu com os olhos ardidos e desconfiados de que fora enganado.
– Hum! Acho que essa garota me passou para trás!
No reino de Oxalá, Oxum disse ao seu pai que procurara as Yámi, que com elas aprendera a arte da magia e que tomara de Exu o segredo do Jogo de Búzios. Ifá, o Senhor da adivinhação, admirado pela coragem e inteligência de Oxum, resolveu dar-lhe, então, o poder do jogo e advertiu que ela iria regê-lo juntamente com Exu.
Oxalá quis saber ao certo o porquê de tudo aquilo e pediu explicações à filha. Meiga, Oxum respondeu ao pai:
– Fiz tudo isso por amor ao Senhor, meu pai. Apenas por amor!


“Ora Yê Yê, amor…. Ora Yê Yê, Oxum…


Mitologia: (O termo mitologia pode referir-se tanto ao estudo de mitos como a um conjunto de mitos. Por exemplo, mitologia comparada é o estudo das conexões entre os mitos de diferentes culturas, ao passo que mitologia grega é o conjunto de mitos originários da Grécia Antiga.).


Abraço à Todos!

Babalorixá Alexandre D ´Ogun
                                             
                                                                     Força e Fé.







terça-feira, 3 de dezembro de 2019

São Jorge, 23 Abril. O Protetor de Todos!


             O PROTETOR DE TODOS


                 Não poderia  de deixar de prestar  minhas Homenagens ao Orixá mais popular da Umbanda,
               Nosso Querido e Guerreiro São Jorge, Ogun! Guerreiro de todos os dias, que nos da força diante de Nosso Pai Oxalá. A todos os Filhos (as) de Ogun, Deus da Guerra e do Aço, do Ferro que nos Ilumine sempre, com sua Espada Valente sempre nos guiará ao caminho do bem, combatendo o mal sempre!

ORAÇÃO A SÃO JORGE - 23 DE ABRIL



Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.


Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.


Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo. São Jorge Rogai por Nós. Amém”








FORÇA E FÉ
BABALORIXÁ ALEXANDRE D´OGUN
Tenda Espírita Caboclo Rompe Mato (TECROM)









segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Tem coisas que não pode e não devem ser mudadas nos Rituais de Matrizes Africanas e na Umbanda




       Bom dia à todos os irmãos(as) de Religiões de Matrizes Africanas, aos irmãos(as) do Kardecismo, enfim a todos os simpatizantes de nossa amada Religião! Segue mais um pequeno texto para refletir 
       A Espiritualidade evolui sempre e sempre será assim mais algumas coisas não podem e não devem ser mudadas você concorda?
       Pensar que um caboclo ou exú etc estão esquecidos no tempo ou trancados na mata é um pensamento extremamente errôneo! Eles estão cientes e atentos as nossas tecnologias e necessidades desse mundo, necessidades das pessoas!
         Então por essas e outras num áudio que " Zélio" foi questionado:
- Zélio; mas os Orixás sendo o que são ainda precisamos fazer oferenda a eles:

Resposta: 
Isso é coisa que não muda. Estamos vivendo uma experiência material nesse plano e inevitavelmente, uma das formas de interação com o plano espiritual é através de elementos espirituais. Achar que uma defumação, uma vela, uma pólvora, ervas etc; não são ou não serão mais necessárias porque a espiritualidade evolui é não entender porque esses elementos são usados.

  E digo isso porque já vi gente querendo dizer que esses elementos já não são mais necessários...
 Quando você faz uma oferenda ao Orixá, ele não vem ali comer. Simplesmente a fruta, a erva, a comida, a vela, suas cores, cheiros e sabores contém o Axé daquele Orixá que você está oferecendo e dessa forma, é muito mais fácil a conexão e recebimento do Axé, tanto pra ele quanto pra você. A matemática é simples.


         Sei que muitos(as) Babalorixás e Ialorixás sabem e conhecem muito bem quando sentamos uma oferenda, uma obrigação, despachamos um Ebó,  mais muitas coisas jamais deveriam ou devem ser modificadas. 
         Ouço bastante as pessoas hoje em dia tentando mudar o fundamento de Umbanda e os Rituais de Matrizes Africanas com a permissa de que " espiritualidade evolui".        
          Bom, se tudo evolui e os fundamentos não precisam mais serem seguidos é hora de ao invés de colocar tijolos, ferro e cimento na construção de um terreiro, colocarmos massa de pão, papel, folhas secas, ficar fazendo orações e num passe de mágica tudo acontece e o terreiro não desaba.  


" ORIXÁ NÃO MUDA A ESSÊNCIA DE NINGUÉM". ÁGUA NUNCA SERÁ TERRA, BEM COMO O FOGO NUNCA SERÁ AR. O ORIXÁ TE OFERECE FERRAMENTAS PARA CRESCER E ADPTAR-SE. PORTANTO VOCÊ SEMPRE SERÁ RESPONSÁVEL PELA SUA EVOLUÇÃO!








Abraço à Todos!

                   Babalorixá Alexandre D ´Ogun                     
                                                                   Força e Fé.       
            

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Ninguém é insubstituível nos Terreiros de Umbanda!



Ninguém é insubstituível nos Terreiros de Umbanda pelo mundo afora.
Portanto, mais humildade, meus irmãos e irmãs.

      Bom dia à todos os irmãos(as) de Religiões de Matrizes Africanas, aos irmãos(as) do Kardecismo, enfim a todos os simpatizantes de nossa amada Religião! Segue mais uma matéria,  tenham uma ótima leitura. 
         Enfim, se você acredita que o Terreiro não é capaz de sobreviver sem sua presença, está muito enganado.Pois ali, ninguém é indispensável até mesmo os Pais de Santo, eventualmente, podem mudar.Dessa forma, em vez de ficar reclamando, criticando e ameaçando sair da casa, procure ser útil decerto a espiritualidade te colocou nela por um bom motivo. Sobretudo, todos podem contribuir, e também todos podem aprender qualquer tarefa. Se houver necessidade, os Guias saberão encaminhar a pessoa certa para o Terreiro.
         E, da mesma forma, quando alguém está desarmonizando a corrente, se este não ouvir os bons conselhos da entidade, uma hora vai embora. Além disso, a entrada e saída de pessoas de uma Casa é um processo natural. Sempre acontecerá.
        No entanto, infelizmente, muitos não sabem desligar-se de forma tranquila e respeitosa. Pois não basta se afastarem: muitos querem levar o máximo consigo e deixar o Terreiro em uma situação complicada. Com toda a certeza, isso revela desonestidade e mau caráter. Pois esquecem de que o objetivo maior dali é a prática da caridade, o culto aos Orixás e a evolução espiritual de cada um.
Ninguém é insubstituível, mas o Terreiro é sagrado.
         Assim, se a pessoa vai trabalhar em outro terreiro ou abrir o seu próprio, o antigo local não torna-se seu concorrente. Mas, sim  um companheiro e colaborador na obra do bem. Acima de tudo, somos todos umbandistas e filhos de Deus aliás, Cristo nos ensinou:
“O escândalo é necessário, mas ai daquele que escandalizar”.
         Portanto, se está insatisfeito na Casa em que trabalha, converse com o dirigente logo após, se optar pela saída do Terreiro, agradeça e respeite. Não fale mal, não esqueça de todas as graças que você conquistou neste local. Assim, não queira, também, que o terreiro dependa de você. Se houver ali alguma atividade que somente você saiba realizar, ensine aos mais novos.
Mais uma vez: ninguém é insubstituível num Terreiro de Umbanda.
        Isso também é fazer a caridade e honrar os ancestrais.
Pois da mesma forma que você aprendeu, outros também podem e os conhecimentos da Umbanda se prolongam no tempo.
        Porém, caso você se recuse a passar o saber adiante, tenha certeza que a espiritualidade encontrará uma maneira de preparar os próximos. Por fim, não estamos dizendo que você não possui nenhum valor no Terreiro. Posto que, para a espiritualidade, todos são importante e podem contribuir no seu trabalho. No entanto, o egoísmo tornou-se estrutural.
        Muitos sentem, no íntimo dos seus corações, que para receberem alguma estima, outros precisam receber menos. É a constante necessidade de diferenciar-se, de ter privilégios, de tratamento especial.               Desse modo, para mudarmos isso, é preciso reeducar as emoções. Fazê-las compreender o poder da colaboração.
Pois quando um cresce, todos evoluem com ele. Se alguém cai, o restante sustenta e coloca-o de pé. Afinal, esta é a força da corrente. Não somos mais do que um elo nesta longa rede que une encarnados e desencarnados. Ninguém é insubstituível. Quando estamos firmes em torno de um objetivo maior, tornamo-nos capazes de transformar vidas, curar pessoas, abrir caminhos, libertar almas e avançarmos, juntos, em direção ao Pai Maior.
" O Guerreiro encara as dificuldades da vida como um desafio, enquanto o covarde encara tudo como castigo".

Abraço à Todos!

Babalorixá Alexandre D ´Ogun
                                             
                                                   Força e Fé.                                               

Agradecimentos ao portal Umbanda eu Curto pela Excelente Matéria.
Fonte:umbandaeucurto.com 

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Intolerância Religiosa; até Quando?


                 
             Bom dia à todos os irmãos(as) de Religiões de Matrizes Africanas, aos irmãos(as) do Kardecismo, enfim a todos os simpatizantes de nossa amada Religião!
                  Intolerância Religiosa até quando? Tenho acompanhado várias matérias em vários sites sobre as agressões que Nossas Religiões de Matrizes Africanas vem sofrendo, com relatos de cantores famosos agredidos e agredindo também, então resolvi escrever a vocês haja vista que já existe matéria em meu Blog sobre esse assunto no final do blog parte inferior da página!
                  Dados de 2018 relatam que as agressões vem crescendo constantemente e aumenta por vários motivos cujo motivo principal é a relação das religiões serem associadas aos negros. O disque 100 é um serviço de atendimento 24 horas do Ministério dos Direitos Humanos e teve um aumento de 7,5% em 2018!

- Foram 71 denúncias de janeiro à junho de 2018 x 66 no mesmo período de 2017;
- Já as denúncias por discriminação religiosa contra todas as religiões caíram, 255 para 210, queda de 17% no mesmo período.

                 No ano de 2017 ocorreram 145 denúncias de Discriminação Religiosa em nosso País, em SP por exemplo ocorreram 29 denúncias e RJ 34 denúncias. Mesmo assim vem crescendo o número de adeptos em Nossas Religiões de Matrizes Africanas, crescimento de 43,88%, ao todo 50.794 se declararam ser Umbandista, 18.058% ser do Candomblé e 854 outras Religiões Afro Brasileiras.        Muitos dos fiéis não declaram serem das Religiões de Matrizes Africanas por receio da Discriminação Religiosa.
                   Lembrando que dia 21 de Janeiro é o Dia de Combate a Intolerância Religiosa e os  dados acima relacionados podem ser obtidos por meio da Lei de acesso à Informação (LAI).

                                                       A Intolerância Religiosa é Crime!

               O direito de criticar dogmas e encaminhamentos é assegurado como liberdade de expressão, mas atitudes agressivas, ofensas e tratamento diferenciado a alguém em função de crença, são crimes inafiançáveis e imprescritíveis.


" A FÉ NÃO DÁ RESPOSTAS, SÓ IMPEDE PERGUNTAS".


Abraço à Todos!
Babalorixá Alexandre D ´Ogun
                                             
                                                     Força e Fé.          




terça-feira, 24 de setembro de 2019

Imagem de Yemanjá Vandalizada em Floriaópolis - SC

     Bom dia à todos os irmãos(as) de Religiões de Matrizes Africanas, aos irmãos(as) do Kardecismo, enfim a todos os simpatizantes de nossa amada Religião! 
        É com pesar que posto essa notícia triste que aconteceu no meu Estado, Santa Catarina, capital Florianópolis onde resido. Hoje é sabido por todos que existe inúmeras Religiões em diversas partes do mundo e que deve-se respeitar todas sem excesão. Na minha opinião esta senhora está doente ou é puro e autêntico fanatismo por outra Religião!
       Deus é o Mesmo para todos! Então digo: Enquanto não houver Respeito entre Todas as Religiões vamos continuar nos deparando com essas notícias tristes e decepsionantes! 

"É um ato brutal", diz teólogo sobre ataque a estátua de Iemanjá em Florianópolis".

Imagens gravadas nesta quinta-feira (19) mostram uma pessoa quebrando a imagem a marretadas no Ribeirão da Ilha
19/09/2019 - 21h16 - Atualizada em: 19/09/2019 - 22h05
COMPARTILHE




Por Samuel Nunes 

Jean

Por Jean Laurindo
Mulher subiu na estátua para destruir a parte superior da imagem de Iemanjá
Mulher subiu na estátua para destruir a parte superior da imagem de Iemanjá
(Foto: )

O vídeo que mostra uma mulher destruindo uma estátua de Iemanjá a marretadas revoltou a comunidade do bairro Ribeirão da Ilha, em Florianópolis, e também o teólogo Guaraci Fagundes. O caso aconteceu na manhã desta quinta-feira (19). A Polícia Civil está investigando, mas ainda não conseguiu identificar a pessoa que aparece nas imagens.
— Aquilo é um ato brutal de intolerância religiosa, que é identificado como uma espécie de crime de racismo. É passível de denúncia ao Ministério Público Federal — afirma o teólogo.
Para ele, a atitude da mulher contradiz a tradição florianopolitana, de acolhimento às mais diversas expressões religiosas. Embora os primeiros imigrantes europeus tenham trazido as próprias origens católicas na colonização, representadas em igrejas e outras construções, histórias de bruxas, tradições indígenas e africanas fazem parte do folclore local.
Nossa cidade sempre foi muito acolhedora com as religiões. O Franklin Cascaes sempre falou muito da cultura das bruxas", diz o teólogo, citando o artista, pesquisador, ecologista, e folclorista, que resgatou a lenda das bruxas para a cultura do litoral catarinense.
Fagundes lembra que as religiões de matriz africana, como a umbanda, pregam o amor, a paz e a reflexão entre as pessoas. Ele acredita que atos assim são motivados por discursos preconceituosos e afirma já ter presenciado diversas práticas de afronta de civis e autoridades a pessoas que creem em deuses africanos.

Assista ao vídeo

RELIGIÃO

Mulher quebra imagem de Iemanjá no Ribeirão da Ilha

— Na Câmara Municipal, participei de vários embates. Teve um projeto de lei de um vereador pedindo para tirar ponto de ônibus perto de terreiros em Florianópolis. A Constituição do Brasil protege as religiões, o Estado não pode se intrometer. Culto não pode ser parado por nenhuma autoridade de Estado. Ninguém pode parar um culto religioso em andamento — lembra.
Para o teólogo, uma eventual punição à mulher que destruiu a estátua pode servir como forma de evitar novos ataques.















Ela tem que ser penalizada. Tem que ser intimada a comparecer pelo procurador competente. Ou paga por aquilo ali ou vai responder a processo.

Intolerância religiosa é considerada crime

Segundo a legislação brasileira, a intolerância religiosa é considerada crime. A lei 7.716/1989, alterada pela lei 9.459/1997, define como crime “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. A pena prevista é de um a três anos de reclusão e multa.
Além disso, o artigo 208 do Código Penal prevê sanções a quem "vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso". Nesse caso, a pena prevista é de detenção de um mês a um ano, ou multa.



Estragos ficaram pelo chão no espaço conhecido como Recanto da Iemanjá
Estragos ficaram pelo chão no espaço conhecido como Recanto da Iemanjá
(Foto: )
A liberdade de consciência religiosa e de crença é uma das garantias previstas também na Constituição Federal, no artigo 5º, inciso VI.
O advogado Alexandre Canella, presidente da Comissão de Liberdade de Expressão da OAB-SC, afirma que o caso desta quinta-feira se encaixa na definição prevista no Código Penal, de vilipendiar publicamente objeto de culto religioso.
— Ao longo da história, a gente tem vários exemplos por conta de intolerância religiosa, inclusive com guerras, no mundo inteiro. No Brasil, felizmente, a gente tem um convívio pacífico entre as religiões. É uma coisa isolada ver fatos como esse, embora sempre possa haver algum radicalismo — avalia o advogado, ressaltando o fato de que ainda não se sabe as circunstâncias e a situação da pessoa envolvida no caso retratado no vídeo.

Estátua já foi vandalizada antes

Esta não é a primeira vez que a estátua que retrata Iemanjá foi vandalizada. A imagem colocada no local pela Sociedade Ylê de Xangô, já foi alvo de pichações e de um vândalo, que destruiu parte da estrutura, em novembro de 2018. Em todas as ocasiões, foram os membros da entidade que juntaram recursos para recuperar a peça.
O local onde a estátua está tem uma importância religiosa e turística para o bairro do Ribeirão da Ilha. Diariamente, várias pessoas param no local para tirar fotos, prestar homenagens ou fazer orações. Na tarde desta quinta-feira, muitos carros reduziam a velocidade e outros desciam para ver o tamanho do estrago, depois que as imagens foram divulgadas em redes sociais.
O vendedor Ricardo Abreu, que mora no Campeche, disse que viu o vídeo e foi verificar o que tinha acontecido. Ele conta que é evangélico e que não concorda com a atitude da mulher que destruiu a estátua. Para ele, cada um segue a doutrina e a religião que quiser. O homem defende ainda a punição da mulher que aparece nas imagens.
[Ela] tem que vir e mandar refazer. As pessoas da umbanda não vão lá atrapalhar o culto.



Diane acredita que a pessoa que destruiu a imagem deve ser de fora da comunidade do Ribeirão da Ilha
Diane acredita que a pessoa que destruiu a imagem deve ser de fora da comunidade do Ribeirão da Ilha
(Foto: )

Convivência pacífica

Diane Rodrigues dos Santos, da Sociedade Ylê de Xangô, diz que a convivência da entidade com os moradores do Ribeirão da Ilha é pacífica. Segundo ela, os moradores são bastante respeitosos e participam de atividades que o grupo desenvolve.
— Somos bem aceitos, eles participam com a gente. Acredito que isso [o vandalismo] não é da comunidade. É alguém de má fé — afirma.

Investigação

Nesta quinta-feira, a Polícia Civil emitiu uma nota sobre a investigação. O caso está sendo apurado pela 2ª Delegacia da Capital. De acordo com a polícia, o vídeo da mulher depredando a estátua será usado para tentar identificá-la. Os investigadores também vão analisar imagens do sistema de monitoramento Bem-Te-Vi.
O Instituto Geral de Perícias (IGP) também foi acionado para tentar encontrar pistas que possam levar à mulher que danificou a imagem. Até a noite desta quinta-feira, nenhuma suspeita foi localizada pelos policiais.

Fonte: 19/09/2019 - 21h16 - Atualizada em: 19/09/2019 
Por: Samuel Nunes           samuel.nunes@somosnsc.com.br
https://www.nsctotal.com.br 


segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Agradeço aos Orixás, 20 anos de Feitura!





            Bom dia à todos os irmãos(as) de Religiões de Matrizes Africanas, aos irmãos(as) do Kardecismo, enfim a todos os simpatizantes de nossa amada Religião!
           É com grande emoção e orgulho que me manifesto para dizer que ontem dia 15/09/2019 completei 20 anos de Feitura de Babalaô, haja vista que realizei uma feitura para Pai Pequeno também em Set/1995, na Tenda Espírita Caboclo Ubirajara - Fpolis - SC. Citei emoção e orgulho pois me emociona falar de nossa Amada Religião Almas e Angola e orgulho não de mim; onde  dediquei e dedico minha vida a Umbanda, mais é o orgulho de prestigiar, de pertencer, de adorar, rezar, agradecer todos os dias aos Orixás por tudo que fizeram por mim e minha Família Carnal esposa e filho até o momento!
            Agradecer ao Caboclo Rompe Mato grande amigo e companheiro de todos os dias (guia de frente) onde esse Blog é uma Homenagem a ele; a Ogun (Pai) e Iemanjá (Mãe) que sempre nos acolhe e orienta, também não poderia de deixar de citar o preto velho que eu recebo, Pai Tomázio onde me ensinou muitas coisas  e ao Exú Seu "7" Encruzas grande batalhador; enfim tantos outros Orixás de outros irmãos também que nos Protegem também por simpatia, amizade, afinidade etc.
         Sejamos sempre humildes e justos diante de Oxalá para que ao menos nosso coração seja puro e forte para lutar contra o mal e ajudar os mais necessitados. Vivemos para religião e não dela!
                                  

"A Melhor Religião, é aquela que te faz uma pessoa melhor depois que você a pratica."

       



Abraço à Todos!
  Babalorixá Alexandre D ´Ogun
                                             
                                                                    Força e Fé.                           





quarta-feira, 27 de março de 2019

Mãe Menininha dos Gantois. A Yalorixá mais Famosa do País!

           Bom dia à todos os irmãos (as) de Religiões de Matrizes Africanas, aos irmãos(as) do Kardecismo, enfim a todos os simpatizantes de nossa amada Religião! É com grande Honra que posto a vocês sobre a Yalorixá mais famosa do País que virou baluarte no crescimento de nossa Religião; Candomblé e outros Rituais descendentes. Obrigado Mãe Menininha!  

           Escolástica Maria da Conceição Nazaré foi o nome de batismo de Mãe Meninha do Gantois. Neta de escravos, ela nasceu em 10 de fevereiro de 1894, na cidade de Salvador. O Terreiro do Gantois foi fundado por sua bisavó, Maria Júlia da Conceição Nazaré, em 1849. O popular nome do terreiro veio do francês (belga?) que era proprietário do terreno onde o templo foi construído.
        Mãe Menininha foi iniciada nos rituais pela tia Pulquéria, sua antecessora. Quando assumiu a liderança do terreiro, escolhida pelos orixás, ainda não tinha 30 anos completos e, inicialmente, sua juventude não foi bem vista pelos adeptos mais antigos. Porém, com sua doçura, carisma e diplomacia, Mãe Menininha mudou esta situação. Nos mais de 60 anos em que liderou o Terreiro do Gantois, como relações públicas de sua religião, sempre se mostrou disponível para explicar o candomblé a quem se interessasse. Além disso, sempre teve um ótimo relacionamento com governantes, artistas e intelectuais e também conquistou o respeito de líderes de outros terreiros e até de sacerdotes católicos.
        Mãe Menininha do Gantois foi a ialorixá mais famosa do país. Sob seu comando, o Terreiro do Gantois logo se tornou um dos mais procurados e respeitados da Bahia. Para muitos pesquisadores, a popularidade e o reconhecimento que Mãe Menininha alcançou foram de fundamental importância para aumentar a aceitação do candomblé na sociedade.  Casou-se com o advogado Álvaro McDowell de Oliveira, descendente de ingleses, e com ele teve duas filhas, Carmem e Cleusa, que a sucedeu no terreiro.

        Mãe Menininha recebeu muitos títulos, homenagens e medalhas. Uma das que mais gostava era a dos Filhos de Gandhy, que a nomearam madrinha do afoxé. Em 1972, Dorival Caymmi compôs a famosa música 
oração a Mãe Menininha, que trazia os versos: "A beleza do mundo, hein? Tá no Gantois./ E a mão da doçura, hein? Tá no Gantois./ O consolo da gente, ai. Tá no Gantois.../ Ai, minha mãe. Minha Mãe Menininha".
        Além dele, Jorge Amado, Antônio Carlos Magalhães, Vinícius de Moraes, Maria Bethânia e Caetano Veloso eram algumas das inúmeras personalidades que se aconselhavam com Mãe Menininha. Em 1994, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos lançou um selo comemorativo para marcar o centenário de seu nascimento.

       Terreiro de Mãe Meninhha na Casa Branca do Engenho Velho, foi fundado por Maria Júlia da Conceição Nazaré em 1849. O nome Gantois (pronuncia-se gantoá) tem origem na cidade natal (Gante, Bélgica) do dono do terreno onde o templo religioso foi construído. O terreiro está situado na Rua Mãe Menininha do Gantois, s/n (antigo Alto do Gantois, n.23), bairro da Federação, Salvador, Bahia, e ocupa uma área de cerca de 3.600 m2, entre a parte cumeada do morro e o vale. Seus espaços são divididos em áreas de acesso público, semi-público e restrito. Foi tombado nacionalmente em 2002 pelo IPHAN, sob o processo n.º 1471-T-00, 2002.








A ordem de ocupação do cargo de sacerdotisa no terreiro foi a seguinte:

•        Maria Júlia da Conceição Nazaré; 

•        Pulqueria Maria da Conceição Nazaré, ou Iyá Pulqueria;
•        Maria da Glória Nazareth;
•        Maria Escolástica da Conceição Nazaré (filha de Glória), conhecida como Mãe Menininha do Gantois;
•        Cleusa Millet (filha de Mãe Menininha);
•        Carmen Oliveira.


      Mãe Menininha era filha de Oxum e faleceu de causas naturais em 13 de agosto de 1986, aos 92 anos, na cidade de Salvador.

Fonte: antigo.acordaculta.org.br


Abraço à Todos!
                                Babalorixá Alexandre D ´Ogun
               
                                                 Força e Fé.