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sexta-feira, 18 de maio de 2018

Art. V - 18 de maio de 2018

                    
      
        Bom dia à todos os irmãos(as) de Religiões de Matrizes Africanas, aos irmãos(as) do Kardecismo, enfim a todos os simpatizantes de nossa amada Religião!
            Em pesquisas, leituras, notícias, vídeos que venho acompanhando ao longo na minha jornada Umbandista, sempre deparo com conteúdos que ao meu entendimento deve deixar os leitores a mercê de vários questionamentos gerando dúvidas intermináveis que; para um médio iniciado em Religiões de Matrizes Africanas fiquem desorientados diante de tantas informações sugestivas! Faça isso, não faça aquilo, isso pode, isso não pode! O importante é ter , acreditar no que você tem, buscando incansavelmente ser um ser humano melhor e como consequência um (a) médio feliz...
               Da repressão policial à aceitação social: ( Aline da Silva Presoto) USP - SP
            A expansão dos terreiros de Umbanda se iniciou nos anos 1930, não só no Rio de Janeiro, mas também em São Paulo, cidades em que mais se acentuava o crescimento industrial. Nesta época, acontecia a Revolução de 30 e o advento do Novo Estado, que pretendia levar o país à modernização e, consequentemente, acabar com tudo que era considerado "arcaico", o que ocasionou severa perseguição a práticas mágicas, especificamente às de origem negra, já que ações como curandeirismo e feitiçaria se enquadravam no Código Penal. Era comum, nesse período, observar nas portarias dos órgãos públicos responsáveis pela moralidade e segurança públicas a citação à "macumba" e ao Candomblé como alvo de proibições. Neste período de repressão policial, muitos pais de santo foram enquadrados como réus e seus objetos utilizados nos cultos, apreendidos. Para conseguir a autorização que permitisse o funcionamento de um terreiro, era preciso obter uma licença especial fornecida pela polícia e, então, se fazia necessário ficar submetido a várias arbitrariedades policiais, já que não existia nenhum mecanismo judicial que legalizasse a existência do terreiro. Havia ainda um outro problema a ser contornado pela Umbanda: a associação da macumba à criminalidade, já que ambas estavam ligadas à marginalidade social, pois a criminalidade se desenvolve nas áreas marginais da sociedade, justamente onde a religião umbandista se desenvolveu quando surgiu.
       Separar a Umbanda da Quimbanda possibilita deixar para a segunda a associação à macumba. “A Quimbanda nada mais é que a macumba vista através do olho moralizador dos umbandistas” (ORTIZ, 1999, p. 146), posto que a Umbanda busca se associar ao “esforço de um pensamento que quer ordenar o mundo segundo critérios morais, sociais e religiosos” (ORTIZ, 1999, p. 146). A associação do Exu com o Diabo já havia se iniciado com os primeiros missionários europeus assim que tiveram contato com os cultos africanos, já que este orixá contraria as mais fortes regras de conduta aceitas socialmente.                          

        Consideraram seu caráter suscetível, violento, perverso, vaidoso e pervertido, ou seja, uma personalidade composta de tudo que se contrapõem a Deus. Exu nunca se livrou da sua associação ao sexo, à luxúria, ao pecado e à maldade, tornando-se o orixá mais caluniado e incompreendido dentre as divindades afro-brasileiras.



Postado por: Babalorixá Alexandre D´Ogun
Texto Extraído do Trabalho de Conclusão de Curso em Gestão de Projetos Culturais da Universidade de São Paulo – SP - CELACC/ ECA -USP /Aline da Silva Presoto.




Abraço à Todos!
       Babalorixá Alexandre D ´Ogun         
                                                               Força e Fé.              
                





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