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sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Falecimento de Mãe Stella de Oxossi - 27/12/2018

Corpo de Mãe Stella de Oxóssi é velado na Câmara de Vereadores de Nazaré

 

Considerada uma das maiores Yalorixás do país, Mãe Stella morreu na quinta-feira (27), em um hospital de Santo Antônio de Jesus, onde estava internada.

 

O corpo de Maria Stella de Azevedo Santos, mais conhecida como Mãe Stella de Oxóssi, que morreu na quinta-feira (27), está sendo velado na Câmara de Vereadores da cidade de Nazaré, no recôncavo baiano, nesta sexta-feira (28).
O enterro será realizado às 16h, também no Cemitério Municipal de Nazaré. O velório é aberto ao público.
Mãe Stella morreu aos 93 anos, no Hospital INCAR, em Santo Antônio de Jesus, também no recôncavo da Bahia, onde estava internada desde o dia 14 de dezembro, quando deu entrada com uma infecção.
Desde 2017, Mãe Stella estava morando na cidade de Nazaré, a cerca de 210km de Salvador. Ela se mudou de Salvador para lá depois de um desentendimento entre filhos de santo do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, na capital, e a companheira dela, Graziela.
Considerada uma das maiores ialorixás do país, Mãe Stella nasceu no dia 2 de maio de 1925, em Salvador. Foi a quarta filha de Esmeraldo Antigno dos Santos e Thomázia de Azevedo Santos.
Aos 13 anos de idade, foi levada pela tia, que a criava, para o terreiro de mãe Aninha, a fundadora do Ilê Axé Opô Afonjá. Um ano depois, foi iniciada no candomblé. Na juventude, sempre gostou de ler. Formou-se enfermeira, profissão que exerceu durante 30 anos. Em 1976, aos 51 anos de idade, foi escolhida pelos orixás para ser a nova líder do terreiro de São Gonçalo do Retiro. Mãe Stella foi a quinta ialorixá a comandar o Ilê Axé Opó Afonjá.
Em 1999, Mãe Stella conseguiu que o terreiro fosse tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Em 2005, recebeu o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). Quatro anos depois, recebeu o mesmo título pela Universidade do Estado da Bahia. Além disso, Mãe Stella foi agraciada com a Comenda Maria Quitéria, da Prefeitura de Salvador, com a Ordem do Cavaleiro, do Governo do Estado, e a Ordem do Mérito, do Ministério da Cultura.
Estudiosa e divulgadora da crença religiosa africana, Mãe Stella foi a primeira ialorixá no Brasil a escrever livros e artigos sobre o candomblé. Em 2013, foi eleita por unanimidade para a Academia de Letras da Bahia, ocupando a cadeira de número 33 cujo patrono é o poeta Castro Alves.
A líder religiosa, cultural e social do seu povo sempre condenou o sincretismo religioso. Para a mãe de santo Stella de Oxóssi, candomblé é candomblé, e catolicismo é catolicismo. Não concordava com a fusão entre santos e orixás.
Sempre preocupada em garantir a preservação da cultura negra, Mãe Stella participava de conferências e dava palestras. No Ilê Axé Opô Afonjá, montou o primeiro museu aberto em uma casa de candomblé, onde podem ser vistas as roupas e os objetos usados pelas mães de santo da casa e pelos orixás.

O livro “Mãe Stella de Oxóssi – Estrela nossa, a mais singela!”, obra organizada pelo escritor Marcos Santana, conta a história de vida da ialorixá com poesias, depoimentos, resenhas e análises de algumas de suas produções intelectuais. A obra foi lançada em 2014, no terreiro Ilê Axé Opô Afonjá.
O livro é uma coletânea que reúne resgate histórico e cultural, com textos de diversos autores, como: Edivaldo Boaventura, Muniz Sodré, Antonio Olinto, Jorge Amado, Fernando Coelho, Padre Arnaldo Lima, Dorival Caymmi, Jorge Portugal, Menininha dos Gantois, Detinha de Xangô, Marcos Santana e da própria Mãe Stella.
Em 2014, ela também foi homenageada da Flica, festa literária que é realizada todos os anos na cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano. Na mesma época, criou a biblioteca itinerante adaptando um ônibus para levar a qualquer lugar livros que abordam curiosidades sobre todas as religiões. Pregava um respeito mútuo e uma convivência pacífica entre todas as crenças para que as pessoas se aproximassem pela fé.
Mais do que uma sacerdotisa de um dos mais importantes terreiros de candomblé do país, Mãe Stella de Oxóssi foi uma militante do resgate cultural de um povo.







Fonte:   Por G1 BA
28/12/2018   08h 39

                                          Abraço à Todos!
                               Babalorixá Alexandre D ´Ogun                                                                                    Força e Fé.     



























sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Oxalá, 25 de Dezembro!


            Bom dia à todos os irmãos (as) de Religiões de Matrizes Africanas, aos irmãos (as) do Kardecismo, enfim a todos os simpatizantes de nossa amada Religião!
            É com grande satisfação que escrevo com admiração e devoção infinita sobre Oxalá. Nos Umbandistas sabemos da influência Magnifica e até mesmo incompreensível ao entendimento humano sobre os nossos terreiros! Toda a Paz  Luz e Bondade vem dele. Em virtude disso tem seu lugar de destaque no Altar da maioria dos Terreiros no Brasil e em nosso Estado.
Oxalá é a grafia de duas palavra da língua portuguesa de significado diferente. Uma tem origem árabe, da expressão “in sha allh”, cujo significado é “se Deus quiser”, e que é utilizada como interjeição para expressar o desejo que algo aconteça – nesse sentido, é sinónimo de "tomara" ou "queira Deus". A outra palavra vem do iorubá Òrìsànlá, nome de um orixá também conhecido como Obatalá.  É também uma divindade africana respeitada e cultuada tanto na Umbanda quanto no Candomblé  geralmente sincretizado na Igreja Católica como Jesus Cristo no Rio de Janeiro, e Senhor do Bonfim na Bahia e Oxalufã, Oxaguiã e Obatalá são termos procedentes da língua iorubá.
 Oxalá, Orixalá, Orixaguinã, Gunocô ou Obatalá] é o orixá associado à criação do mundo e da espécie humana. Apresenta-se de várias maneiras (qualidades) sendo as duas principais qualidades: a forma jovem, em que Oxalá é chamado de Oxaguiã e seus símbolos são uma idá (espada), um pilão de metal branco e um escudo. Na sua forma idosa, Oxalá é chamado Oxalufã e seu símbolo é um cajado de metal chamado opaxorô.
              A cor de Oxaguiam é o branco levemente mesclado com azul no candomblé e somente branco no batuque do RGS; a de Oxalufam é somente branco de gossa em ambos. O dia consagrado para oxalá moço é a sexta-feira e o domingo para oxalá velho e oxalá de orumilaia. Sua saudação é èpao, èpa bàbá! Oxalá é considerado e cultuado como o maior e mais respeitado de todos os orixás do panteão africano. Simboliza a paz, é o pai maior nas nações das religiões de tradição africana. Oxalá significa luz (oxa) branca (alá); É calmo, sereno, pacificador; é o criador e, portanto, é respeitado por todos os orixás e todas as nações. A Oxalá pertencem os olhos que veem tudo.
Data comemorativa dia 25 de Dezembro!



“ Oxalá, obrigado por tudo meu Pai. Que a sua Paz continue Reinando em nossos Corações”.


Abraço à Todos!
Babalorixá Alexandre D ´Ogun
Força e Fé
                                   
                                                   




terça-feira, 4 de dezembro de 2018

A cada 15 Horas acontece 1 Ataque a Nossa Religião


Brasil registra uma denúncia de intolerância religiosa a cada 15 horas
Levantamento do Ministério dos Direitos Humanos vai de janeiro de 2015 ao primeiro semestre deste ano; Estados de São Paulo, Rio e Minas Gerais lideram casos. Dados, porém, são subnotificados porque muitas vítimas ainda têm medo de denunciar
Felipe Resk, José Maria Tomazela e Jonathas Cotrim, O Estado de S.Paulo
12 Novembro 2017 | 03h00
SÃO PAULO - Templos são invadidos e profanados. Em outros casos, há agressões verbais, destruição de imagens sacras e até ataques incendiários ou tentativas de homicídio. O cenário preocupa adeptos de diversas religiões e, em pelo menos oito Estados, o Ministério Público investiga ocorrências recentes de intolerância. Entre janeiro de 2015 e o primeiro semestre deste ano, o Brasil registrou uma denúncia a cada 15 horas, mostram dados do Ministério dos Direitos Humanos (MDH).







       Segundo levantamento da pasta, o Disque 100, canal que reúne denúncias, recebeu 1.486 relatos de discriminação religiosa no período, de xingamentos a medidas de órgãos públicos que violam a liberdade religiosa. “E sempre há mais casos do que os relatados”, explica Fabiano de Souza Lima, coordenador-geral do Disque 100. “A subnotificação é alta, considerando o cenário nacional”, diz. “Algumas pessoas não querem se envolver e preferem permanecer no anonimato a denunciar.”
Só neste ano foram registrados 169 casos: 35 em São Paulo, 33 no Rio e 14 em Minas, Estados com maior número de ocorrências informadas. Comparado ao mesmo período de 2016, haveria recuo de 55%, mas Lima explica que a oscilação de denúncias não reflete a realidade. 
 “Quando você vir um número maior em um ano, é certo que houve divulgação do problema, por meio de campanhas.” Um exemplo, diz, é que em 2016, ano da campanha nacional Filhos do Brasil, houve registro recorde de 759 casos.
Aumento. Em agosto, a Paróquia Nossa Senhora do Bom Parto, em Santo André, no ABC paulista, foi invadida. Os suspeitos arrombaram o sacrário, furtaram a âmbula e atiraram hóstias no chão. “Para nós, a eucaristia é o mais sagrado: o corpo de Cristo. Houve profanação”, diz o padre Renato Fernandez. Para ele, a sensação é de aumento das ocorrências. “No passado, havia um respeito pelos templos e pela Igreja”, afirma. “Deixar a eucaristia jogada diz que, para eles, não significa nada.”
A análise de 2017 aponta que a maioria das vítimas de intolerância é de religiões de origem africana, com 39% das denúncias. Lideram o ranking umbanda (26 casos), candomblé (22) e as chamadas matrizes africanas (18). Depois, vêm a católica (17) e a evangélica (14). 
Recentemente, um templo de candomblé foi incendiado em Jundiaí, na Grande São Paulo. O ataque destruiu 80% da casa, além de equipamentos e instrumentos musicais, mas não impediu a mãe de santo Rosana dos Santos, a Iya Abayomi Rosana, de continuar o ofício religioso. “Agora, coloco uma mesa embaixo de uma árvore, ao lado dos escombros, e atendo lá”, afirma. “A fé cabe em qualquer lugar, pois Deus e os orixás estão em toda parte.”
O templo funcionava havia dez anos e nunca havia registrado ameaça. “Não foi nada pessoal, foi contra nossa religião, de matriz africana”, diz ela, que trabalha para reconstruir o lugar. “Era solo sagrado, existiu muito amor lá.”
Líder do Brasil Contra a Intolerância Religiosa, Diego Montone critica a ausência de legislação específica. “Temos de nos basear criminalmente e até civilmente em outros crimes.”
Cláudio Bertolli Filho, antropólogo da Universidade Estadual Paulista (Unesp), diz que a intolerância é resultado da “dificuldade de conviver com a diversidade”. “A forma viável de as religiões conviverem pacificamente é todas elas assumirem que não existe religião verdadeira ou religião falsa.”
Para o antropólogo João Baptista, professor emérito da Universidade de São Paulo (USP), uma religião “pode ser intolerante porque quer dominar ou porque é vítima da intolerância”. Ela se torna intolerante, segundo ele, “porque se fecha sobre si mesma”.
Entre os suspeitos identificados pelo MDH em 2017, a maioria é mulher. Um caso recente foi o da pastora Zélia Ribeiro, da igreja evangélica Razão do Viver, de Botucatu, flagrada destruindo imagens de Nossa Senhora Aparecida a marteladas. “Já pedi desculpas. Também fui vítima da intolerância, postaram muita coisa na internet, chegaram a dizer que eu tinha morrido.”
Investigações. Levantamento do Estado mostra que ao menos oito Ministérios Públicos Estaduais investigam intolerância. Em São Paulo, foram 123 procedimentos em dois anos – um a cada 10 dias. Em um dos mais graves, em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, um vizinho esfaqueou quatro pessoas em um terreiro.
Na Bahia, são 132 procedimentos entre 2014 e 2017. No Paraná, são seis inquéritos neste ano. Um deles é de um babalorixá que se negou a retirar uma oferenda de uma esquina e cerca de 30 pessoas, com paus e pedras, quebraram seu carro e agrediram filhos de santo. 
Também há casos apurados por Rio, Goiás, Mato Grosso do Sul, Piauí e Distrito Federal. Os outros Estados não responderam ou informaram não haver denúncias. O Estado não conseguiu contato com Roraima.
Juristas planejam processar País em corte internacional
Juristas vão protocolar uma petição no próximo dia 20 para processar o Brasil na Corte Interamericana de Direitos Humanos, por crimes contra religiões de origem africana. “A intolerância está virando epidêmica”, diz o advogado Hédio Silva Júnior, membro do grupo. “Do início do ano para cá, houve um mudança do tipo de ataque, com agravamento para agressões físicas e casos de tortura.”
Uma eventual condenação do País também permitiria que a vítima de intolerância fosse indenizada pela União. Para Silva Júnior, porém, isso “é secundário”. “O aspecto central é enfrentar a omissão do Estado e reconhecer que se trata de um problema. É preciso aprimorar o aparato normativo do Brasil e implementar políticas públicas de educação.”
Na petição, o grupo escreve que a “história da humanidade é repleta de tragédias decorrentes do fanatismo religioso”

Fonte: Felipe Resk, José Maria Tomazela e Jonathas Cotrim, O Estado de S.Paulo
12 Novembro 2017 | 03h00









Dia 4 é dia de Inhaçã - Eparrei Oyá!



             Bom dia à todos os irmãos(as) de Religiões de Matrizes Africanas, aos irmãos(as) do Kardecismo, enfim a todos os simpatizantes de nossa amada Religião!

No dia 4 de dezembro homenageamos a orixá rainha dos raios e tempestades, senhora que controla os espíritos dos mortos e guerreira destemida IansãEpahei Oyá!
 Iansã, ou Oyá, é um orixá sincretizada com Santa Bárbara, pela igreja católica.
Oyá, a deusa do Rio Niger, é representada com um alfange e uma cauda de animal nas mãos, e com um chifre de búfalo na cintura, ela é a ventania, a tempestade, a dinâmica, a mulher que é linda por natureza e por isso dispensa a vaidade, ou melhor, não precisa dela.
Guerreira, é o Orixá que batalha, foi assim ao lado de seus dois maridos, primeiro Ogum, depois Xangô, este último foi com quem reinou até a morte, e até a morte guerreou ao seu lado, nos momentos bons e nos ruins.

Santa Bárbara, uma das santas mais conhecidas no mundo e mais populares no Brasil, nasceu no Oriente e sofreu o martírio provavelmente em Antioquia, no fim do século III, princípio do século IV. Sua vida foi escrita nos idiomas grego, siríaco, armênio e latim. Segundo a lenda, ela era uma jovem belíssima. O pai, um pagão rico e ciumento chamado Diáscoro, encerrou-a numa torre para resguardá-la dos pretendentes que não lhe interessavam. A torre tinha duas janelas, mas para atender às exigências de Bárbara que queria três janelas para simbolizar as três pessoas da Santíssima Trindade, o pai mandou construir uma terceira. Certo dia, aproveitando-se de uma viagem do pai, ela recebeu o batismo. Ao regressar, o pai, enfurecido por ver que ela desprezava os deuses romanos, tentou matá-la. Bárbara fugiu e se escondeu, mas foi denunciada por um pastor. Foi então capturada e condenada a ser exibida nua por todo o país. Conta a lenda que Deus, em sua incomparável misericórdia se compadeceu dela e a cobriu com um suntuoso manto. Foi então levada à presença dos juízes e teve, entre seus mais ferrenhos acusadores, o próprio pai. Santa Bárbara sofreu os mais cruéis suplícios, mas nem os chicotes, nem as tiras de boi, nem as tochas de piche que queimavam seu corpo, nem os garfos de pedra que retalhavam sua carne, conseguiram fazer com que ela renegasse sua fé. Por fim, foi degolada pelo próprio pai que pediu para substituir o carrasco. A lenda diz ainda que, quando a espada cortou seu pescoço, um raio desceu do céu e matou o desumano Diáscoro, reduzindo-o a um monte de cinzas. Por causa desses fatos, ela é invocada contra os raios, nas tempestades. Ela é representada, tendo na mão a torre com três janelas onde viveu por muito tempo encarcerada. Santa Bárbara é a padroeira dos bombeiros.
No passado, Diáscoro, um pagão inconformado com a opção por Jesus Cristo feita por sua filha Bárbara, usou de todos os meios, inclusive de cruéis suplícios, para que ela renegasse sua fé. Hoje, em nosso mundo, talvez mais sutil em sua perseguição aos que professam a fé cristã, mas nem por isso menos implacável, Santa Bárbara nos lembra que não devemos ter receio de desagradar nem os que detêm nas mãos o poder temporal, nem as pessoas da própria família, quando se trata de viver a fé cristã e de se comprometer até as últimas conseqüências, com a mensagem do Evangelho.

Contos de Inhaçã:

1 - Certa vez em uma festa nenhuma das moças presentes queria dançar com Obaluayê, quando Iansã chegou e viu que ele estava sozinho, convidou-o para uma dança, sua veste erguia com o vento de Iansã e todos puderam ver seu rosto, um jovem bonito e alegre, a partir de então Obaluayê declarou que seu reino (o reino dos mortos) seria também o reino de Iansã.

2 - Os Orixás estariam cansados de não ter acesso às folhas, tão importantes para qualquer celebração litúrgica e para muitos outros aspectos da vida material. Nesse aspecto, eram completamente dependentes de Ossãin, que reinava sozinho em seu domínio. Incitada por Xangô, Iansã abanou fortemente sua saia, provocando um terrível vento (o afefé) que arrancou todas as folhas que Ossãin tentava resguardar com o próprio corpo. A partir de então, as folhas foram repartidas e cada Orixá possui as suas próprias plantas, mas isso não retirou totalmente de Ossãin o seu poder.


Oya é um Orixá e está intimamente relacionado com Iku (morte), o deus da morte. Esse Orixá Insã (Oiá) está relacionada diretamente com as tempestades, ventos fortes e furacões e raios. Simboliza o violento e impetuoso. Vivo na porta dos cemitérios.

        Epa Hei ( ou heparrei ) – Saudação a Orixá Iansã e significa: Olá com admiração!



Abraço à Todos!
Babalorixá Alexandre D ´Ogun
Força e Fé
                                             

                                                   









quarta-feira, 31 de outubro de 2018

02 de Novembro, dia de Finados ( Adorei as Almas )


             

           Bom dia à todos os irmãos (as) de Religiões de Matrizes Africanas, aos irmãos(as) do Kardecismo, enfim a todos os simpatizantes de nossa amada Religião!
             “Não poderia de começar a falar do dia 02 de novembro sem antes falar do dia 1º de novembro; Dia de Todos os Santos onde é comemorado em honra à todos os santos da Igreja Católica que ressalva o chamamento de Cristo a cada pessoa para o seguir e ser santo.”
             Dia 2 de Novembro, um dos seus surgimentos: O Abade Cluny, Santo Odilon em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos e desde o século XI os papas ordenavam a comunidade que se dedicassem e orassem um dia por ano aos que partiram onde essa prática se perpetua a 2000 anos sempre dia 2 de novembro! Em Portugal dia 2 de novembro é chamado dia dos defuntos, no Brasil dia de Finados!
             Com relação as Religiões de Matrizes Africanas, no Ritual Almas e Angola para nos Umbandistas dia 2 não é dia de luto, tristeza, choro, não ficamos triste com a morte, mais sim celebramos a vida espiritual e o imenso e incansável trabalhos realizados pelos desencarnados em prol dos irmãos sofredores!
        Em muitos terreiros, casas de umbanda, barracões de candomblé constumam realizar homenagens e até mesmo festas a Obaluaê devido sua soberania e ligação deste Orixá em cemitérios, sendo ele o senhor da transmutação, da passagem, haja vista que seu dia de homenagia-lo no calendário umbandista é dia 17 de Dezembro! Na linguagem popular umbandista dia 2 é dia das Santas Almas Benditas ou também as Santas Almas!
            Considerações Finais e Reflexão: Dia 2 de novembro é dia de orações, respeito, silêncio, jejum levar flores, é dia de levar a luz (velas) a quem está precisando pois morremos para o mundo físico e renascemos para o mundo espiritual, onde os Umbandistas assim como eu temos que cumprir e seguir alguns preceitos neste dia memorável pois a movimentação Espiritual dos Grandes Guardiões nos cemitérios é intensa.
             Entendo que o termo finado ou finados é um termo inadequado, pois em seu significado diz que: findou, aquele que teve fim. É importante compreender que espírito, é infinito e Eterno somente Deus, Olorun, Oxalá...



           A PAZ DE QUEM SE FOI DEPENDE DA PAZ DE QUEM FICOU.”
                                                 (Chico Xavier).



Abraço à Todos!
Babalorixá Alexandre D ´Ogun
       Força e Fé.           








terça-feira, 2 de outubro de 2018

Prefeitura Florianópolis suspende Restrição de Horário em Religiões de Matrizes Africanas

Justiça manda Prefeitura de Florianópolis suspender restrição de horário em cultos da umbanda

Ação tramitava na Justiça desde 2015. Administração diz que respeitava lei municipal, mas não vai recorrer.
Por G1 SC

02/10/2018 11h52   Atualizado há 6 horas


                   A Justiça Federal de Santa Catarina determinou que a Prefeitura de Florianópolis suspenda restrição de horários de cerimônias da umbanda e uso de velas em terreiros. A decisão de sexta-feira (28) vai contra uma lei municipal de 2013, que equiparava o funcionamento de templos ao de bares e similares.


              A administração afirma que realiza a fiscalização com base nas leis, mas com esse entendimento do judiciário federal, não vão concorrer. Por meio da assessoria de imprensa, o município ainda afirma que concorda a decisão e "que não faz qualquer tipo de discriminação".
             A ação civil pública tramita desde 2015, com autor a Defensoria Pública da União. A Justiça Federal entendeu que a lei municipal 479/2013 feria a Constituição Federal, que determina livre exercício do culto religioso.
A DPU entrou na Justiça depois de denúncias de sanções aplicadas ao culto de matriz africana por órgãos municipais ambientais, que estavam considerados os locais como “comércio em geral”.



              Restrições

 

             Com isso, o município não poderá exigir alvarás para funcionamento de casas religiosas com as regras de bares e similares. Também não será preciso parar as atividades às 2h.
            Com relação aos ruídos sonoros, a Justiça Federal entende que o limite máximo deve respeitar o zoneamento da região que se encontram. Para isso, em caso de denúncia, deve ser feita a medição de decibéis para demonstrar ilegalidade.
“Toda autuação feita a qualquer tipo de culto religioso, seja ele católico, protestante, espírita ou de matriz africana, deve apontar as regras que estão sendo violadas”, disse a juíza Marjôrie Freiberger.







sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Ritual Cabula, sua origem!



        Bom dia à todos os irmãos (as) de Religiões de Matrizes Africanas, aos irmãos (as) do Kardecismo, enfim a todos os simpatizantes de nossa amada Religião!
      Haja vista tanta riqueza de Religiões de Matrizes Africanas trazidas pelos escravos no período da escravidão que escrevo a vocês a origem deste Ritual Maravilhoso que é o Ritual Cabula! Com o seu principal Tutor o Zelador de Santo Pedro Paulo – Tamanaka, onde aqui presto todas as minhas homenagens pois foi o primeiro a abrir um Terreiro do Ritual Cabula em Florianópolis-SC.
       Criado em Salvador – Bahia e de origem africana por uma negra chamada Iafotum vinda com seus pais em navio negreiro, onde seus pais morreram no trajeto, Iafotum salvou – se e por ser muito pequena era alimentada com leite materno. Alimentação nos navios geralmente era dado aos escravos para comer abóbora cozida por ser barato; muitos morriam de fome, outros pegavam a comida mais rápido, outros comiam muito quente e acabavam morrendo cozidos, e outros por outras doenças.
      Em salvador sem os pais, ninguém a queria e foi entregue ao mercador, esse deu de presente a sua filha como bichinho de estimação! Iafotum cresceu e tornou-se uma líder e aprendeu vários Rituais, Kêtu, Angola, Omolocô, Gêge, Angolano etc. Sendo assim Iafotum viu nos rituais a oportunidade de ajudar seus irmãos, pois era possível ouvir o som dos olojás e até mesmo as cantigas de uma fazenda a outra. Eram nestas ocasiões que os negros de uma fazenda avisavam a outra quando fugiriam para os quilombos, ou quando alguém estava cuidando, no fim se estabeleceu uma comunicação.
     Contudo, em função da diversidade de rituais, as cantigas e os toques também eram diferentes, o que dificultava o processo de comunicação. Dada essa dificuldade, Iafotum teve a idéia de unir todos os rituais em um só, assim poderia dar continuidade a seus planos. Foi assim que nasceu o primeiro ritual afro-brasileiro chamado cabula, graças a este ritual, os escravos tiveram mais êxito na organização das fugas para os quilombos e uma comunicação universal entre eles foi estabelecida.
       Iafotum casou, teve um filho chamado Edambila e ele recebeu toda a herança do ritual Cabula. Edambila ao se casar teve um filho chamado Jaime em que também recebeu a herança da Cabula.
     Jaime criou uma menina chamada Alzira Fernandes Nunes, e quando adulta, ele passou todo o seu conhecimento para ela. Contudo, a intenção de Jaime era criar a menina para depois conceberem um filho, mas Alzira não compartilhava do mesmo desejo e ao se apaixonar por outro homem, engravidou dele e fugiram para o Rio de Janeiro.
  
      Depois de muito tempo, Alzira conheceu outro homem chamado Dominicano Nunes e se casou com ele, porém nunca conseguiu engravidar novamente. Ainda no Rio, Alzira abriu uma casa de santo, a primeira casa de Ritual Cabula do Rio de Janeiro. A casa (barracão) de Alzira se tornou uma das maiores do Rio de Janeiro e teve muitos médiuns (filhos de santos), entre eles, Pedro Paulo Silva, que ao terminar as suas obrigações do santo na casa de Alzira, voltou para sua terra natal Florianópolis, e implantou a primeira casa de Ritual Cabula do sul do país.
Cabula é a União de vários Rituais em um só!

SOMENTE OS HUMILDES POSSUEM NOBREZA DE TER O CORAÇÃO CAPAZ DE ABRIGAR O PERDÃO.


Abraço à Todos!
Babalorixá Alexandre D ´Ogun
Força e Fé
                                         
                                                      

Alguns Dados adquiridos em entrevista dada ao Programa Axé Uniafro!

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

13 de Agosto, é dia das Pombas Giras


                    Bom dia à todos os irmãos (as) de Religiões de Matrizes Africanas, aos irmãos (as) do Kardecismo, enfim a todos os simpatizantes de nossa amada Religião!

                     É com grande satisfação que posto a todos (as) vocês uma prévia do magnífico mundo Espiritual de nossas Pombas Giras onde dia 13 de agosto é tão comemorado no Ritual Umbandista. Com muita Gratidão e Respeito que escrevo essas poucas palavras sobre nossas Maria Alice, Maria Padilha, Ciganas, Maria Mulambo, das 7 Encruzilhadas, do Cruzeiro, das Almas, Dama da Noite; enfim todas que nos ajudam indiscriminadamente.
                      Entidade espiritual da Umbanda que se manifesta, incorpora em um (a) médio (a) sendo mensageira entre o mundo dos Orixás e a Terra. Especializada em amor e relacionamentos que equivale à força feminina de Exú é entidade Guardiã do comportamento humano de casas, aldeias etc. Sempre o Preto e Vermelho serão suas cores primordiais, com saias rendadas e bem rodadas, usando suas jóias, colares enfeitados, acompanhado de uma bela taça de Champanhe e cigarro de boa qualidade torna-lhe uma mulher muito atraente e vaidosa, vem em nossos terreiros ajudar, orientar, aconselhar, sob companhia de nossos Compadres Exús. Acredita-se também que ela foi uma mulher que sofreu e fez sofrer e agora incorpora em nossos terreiros para ajudar as pessoas em questões amorosas!
              Com o tempo a Entidade adquiriu um arquétipo de mulher liberada, exibicionista, provocante e livre sendo que todos os prazeres terrenos são agradáveis.
               Pomba” é um pássaro que já foi usado como correio (pombos correios) e “Gira” expressa a idéia de movimento, caminhada, deslocamento, mensageira dos caminhos à esquerda!




FRASE DE POMBA GIRA: “ Aos que me queimaram no passado; hoje eu danço com Fogo”!




                                            Abraço à Todos!
     Babalorixá Alexandre D ´Ogun          
                                                Força e Fé.